Conhecendo o que não consigo controlar, consigo dar uma resposta mais eficaz. Consigo tomar medidas antecipadas para que os problemas não aconteçam. Consigo prever pragas. Consigo evitar desperdiçar recursos.
Alexandra Pinto,
Engenheira Agrícola - Cerasus
Implementadora SPRING
Cerasus para o mundo
Alterações climáticas, guerras e fome, instabilidade dos mercados financeiros, secas e falta de água potável. Com tudo isto, é fácil olhar para o mundo e desesperar, clamar por algo melhor enquanto se permanece imóvel. Felizmente, há quem olhe e decida "Eu consigo mudar isto" e aqui falamos da Cerasus.
Fundada em 2014, a Cerasus – Gabinete Agrícola vem com uma simples missão: uma agricultura mais sustentável, sustentada na gestão responsável dos recursos. Na prática, tal não poderia ser mais complexo. Uma gestão responsável implica pesquisa e conhecimento da área ao detalhe, implica uma estratégia bem-pensada e delineada de início ao fim, implica encontrar os parceiros corretos e implica uma constante atualização sobre os avanços científicos. “A Agricultura 4.0 ajuda-nos a ter alguma vantagem”, explica a técnica agrícola Alexandra, “visto que neste contexto topográfico e de pequena agricultura seria impossível competir com o tipo de agricultura da Europa e de outros terrenos”. A aposta nesta Agricultura apenas reforça a necessidade dessa gestão responsável, com forte ímpeto na gestão hídrica graças à certificação SPRING – que incide precisamente no controlo da água.
SPRING e Smart MC2
“Já que não consigo controlar aspetos climáticos, ao menos consigo controlar muito mais fatores e a minha reação com esta tecnologia”, realça a Alexandra Pinto. O certificado SPRING (Sustainable Program for Irrigation and Groundwater Use), como o próprio nome indica, atesta ao uso responsável e sustentável da água; ou seja, certifica a gestão hídrica do utilizador. Reconhecido já atualmente como um dos mais importantes certificados agrícolas em mais de 25 países, começa a ganhar força em Portugal, mas os exigentes critérios de satisfação obrigam a uma gestão minuciosa e a uma atenção constante. Eis que surge a Smart MC2.
Na demanda por uma smart agriculture e uma agricultura mais amiga do ambiente, a Cerasus procura cumprir os requisitos SPRING. Estes incluem pontos tais como:
· avaliação prévia dos recursos hídricos;
· proteção ativa de fontes de água;
· mensuração dos gastos de energia;
· planeamento e responsabilidade sobre águas residuais;
· controlo da erosão;
· e mais.
“O uso destas ferramentas para a certificação SPRING é incontornável”. Assim, de maneira a que seja possível monitorizar, controlar e gerir adequadamente os recursos hídricos à disposição, a Cerasus muniu-se dos sensores agrícolas CLOVER e KIWI e do gateway KONA Micro Lite providenciados pela Tektelic e de tecnologia LoRaWAN.
Mas porquê estes sensores e gateway? Porquê a tecnologia LoRaWAN? Porquê sequer a Tektelic? Porque, posto de um modo simples, é o mais prático do mercado e oferece parâmetros de custo qualidade excelentes.
Situada na área montanhosa de Resende, a tecnologia wireless de longo alcance, grande abrangência e baixa energia é a indicada para a transmissão fidedigna de informações. LoRaWan permite, então, o fluxo fiável necessário entre os sensores, o gateway e o equipamento de monitorização. Além disso, a utilização desta tecnologia permite poupar em deslocações ao terreno, reduzindo o consumo de combustível e permitindo uma manutenção mais sustentável do terreno, do próprio equipamento e demais. “As ferramentas da Tektelic são as mais adequadas para fazer esta gestão”, reforça Alexandra. O equipamento LoRaWAN da Tektelic surge, então, como o grande facilitador nesta demanda pela sustentabilidade e pela certificação SPRING.
A água é o terreno
“A utilização destas ferramentas serve especialmente para nosso proveito, para utilizar mais eficientemente os recursos e termos algum ganho económico com isso. Adicionalmente, trazem a vantagem de cumprir os requisitos da SPRING.”, salienta a implementadora portuguesa do certificado.
Com a utilização de um sensor CLOVER e de um KIWI em terreno agrícola, a Cerasus é capaz de facilmente obter medições fiáveis dos níveis de humidade no solo, assim como do conteúdo gravimétrico da água, da tensão da água do solo e outros fatores hídricos e ambientais. Estas medições permitem ao técnico agrícola observar o estado hídrico da plantação, levando a um melhor planeamento dos momentos de rega – inclusive da própria deliberação de regar ou não regar; essencialmente, a leitura dos dados deste sensor facilita a gestão hídrica e garante um meio de monitorização do terreno. Permite-se, portanto, uma agricultura precisa e correta, atendendo ainda a outros fatores como a luminosidade, a temperatura e a precipitação. Já o gateway KONA Micro Lite permite uma simples e facilitada análise dos dados transmitidos pelos sensores, assim como de uma melhor capacidade de gestão e de resposta às necessidades das plantas.
O estado da planta é o principal fator motivador da gestão, sendo possível a melhor adequação das regas “de acordo com as necessidades da planta”. Alexandra conta, portanto, com “uma melhoria da qualidade da produção, utilizando os recursos hídricos à minha disposição e o menos possível”.
Com vista ao verão que se avizinha e com as cadeias de supermercado a requerer que os fornecedores estejam certificados com a SPRING, o uso destes equipamentos torna-se cada vez mais uma realidade. E a Smart MC2 em parceria com a Tektelic Communications encontra-se bem-posicionada para apostar no mercado português de smart agriculture.
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